MANIFESTO
Os Grão-Mestres do GOSP – Grande Oriente de São Paulo, Eminente Benedito Marques Ballouk Filho, da GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, Sereníssimo Francisco Gomes da Silva e do GOP – Grande Oriente Paulista, Sereníssimo José Maria Dias Neto, por ocasião da data comemorativa da Independência do Brasil, expressam o que segue:
A Maçonaria paulista é solidária à veemente demanda cívica por dignidade na política, manifestada pela sociedade nas pesquisas e por crescentes setores da imprensa. A crise da falta de compostura, de ética e de patriotismo no exercício do Poder eclode dia-a-dia a cada novo escândalo que a classe política produz com surpreendente desfaçatez e prodigalidade.
Estudos Maçônicos, baseados em pesquisas de opinião, revelam que a sociedade paulista apenas aguarda que a oportunidade de mudança se apresente para depor e condenar ao exílio cívico os falsos “líderes políticos”, que há tempos contaminaram nossas Instituições e subjugaram à Pátria e à família brasileira a uma espiral sem fim de cinismo, corrupção e despudor. Hoje, as Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto sabem seguramente que a sociedade:
1. Tem plena consciência e convicção de que a corrupção é o mal que mais prejudica o País;
2. Tem uma percepção de impunidade que levou descrédito à Justiça: para cada paulista que confia nela há outro que não confia;
3. Desconfia da classe política: para cada cidadão que confia sempre, há outros 7 que não confiam nunca;
4. A onda de denúncias e escândalos sucessivos geraram percepção de vácuo moral e de justiça, que ampliam o desânimo e as sensações de inevitabilidade, desamparo, impotência e de irrelevância cívica. Resultado: A maior consciência social, ao invés de fortalecer o senso de cidadania, gera alienação e repulsa;
5. Apesar de não crer em alguns políticos, mantém a fé na existência de homens honestos e esperança num futuro mais digno.
Causa perplexidade e indignação, o cinismo e despudorada falta de transparência e senso crítico da classe política, das legendas partidárias e de autoridades na violação da lei e do devido respeito aos seus representados.
Ao ouvir o clamor das suas Lojas e da sociedade diante da infindável sucessão de escândalos que insultam a consciência civil, drenam o erário público e o orçamento das famílias, a Maçonaria paulista reitera o seu compromisso, expresso em 2007 e em 2008, em prol do resgate da Dignidade no exercício do Poder.
Em respeito à tradição secular e histórica da Instituição desde 1717 e ao seu protagonismo em prol de movimentos e das mais legítimas demandas cívicas da sociedade, como a Independência, Abolição da Escravatura e Proclamação da República, a Maçonaria declara que a causa do Combate à Corrupção e Resgate da Dignidade no exercício do Poder, tem a mesma relevância e urgência social que todas as lutas cívicas pela Liberdade, Justiça e Direitos Civis.
Em nome dos Maçons e da sociedade paulista, as Obediências Maçônicas que assinam este Manifesto declaram guerra à corrupção, à cumplicidade, à conivência, à impunidade, à complacência e à ignorância, que acoberta os canalhas e corruptos que manifestam seu escárnio ao estado de direito e à sociedade brasileira, na sucessão de escândalos prodigalizados pelos parlamentos e governos por todo o Brasil, de pleno e triste conhecimento da nação Brasileira.
O DIAGNÓSTICO E A ESTRATÉGIA:
Dados os alienantes e pífios resultados práticos da estratégia social da simples exposição dos corruptos à mídia (de fora para dentro), defendemos que só há um único meio de descontaminar o sistema adoecido, expurgando os parasitas que se incrustaram no organismo político e administrativo do País: seguir o exemplo que a Natureza nos ensinou para curar um organismo humano doente: Sem pajelanças, berros, nem esperneio, o remédio tem que ser injetado no corpo contagiado para fazer pleno efeito e debelar a doença, de dentro para fora.
A cura para o mal da corrupção está em usar as regras do sistema democrático para, dentro da legalidade e pacificamente, injetar cidadãos de bem no sistema contaminado, desalojando e tomando espaços hoje ocupados por corruptos. Sob o ponto de vista Maçônico, o problema da corrupção não está nas instituições nem no sistema democrático e sim na falta de caráter dos homens, hoje, que os dominam.
TENDO EM VISTA OS FATOS RELACIONADOS, AS OBEDIÊNCIAS MAÇÔNICAS SIGNATÁRIAS DESTE MANIFESTO INFORMAM À SOCIEDADE PAULISTA QUE:
Já tomou providências e que vários programas e iniciativas já estão em curso, para honrar o compromisso assumido com o povo paulista em 2007 e 2008. E decidiu colocar à disposição da sociedade paulista e da causa nobre do combate à corrupção suas 1760 Lojas e a colaboração dos seus 54.000 obreiros e líderes espalhados por todo o estado.
Constitui uma Frente Cívica, batizada – Movimento de Dignidade e Inserção Social e convida os setores organizados da sociedade, cidadãos conscientes e líderes que ainda não perderam a capacidade da indignação, para compor, sob a égide das Obediências Maçônicas Signatárias deste Manifesto, um MOVIMENTO suprapartidário de combate à corrupção. O MOVIMENTO buscará promover a revolução de costumes, a renovação dos quadros políticos e a reforma política aspirada pela sociedade, pela via pacífica e sob o manto da legalidade.
Os objetivos permanentes das Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto são os de promover a inserção social, semear e propagar consciência cívica e organizar o potencial físico, logístico e intelectual dos quadros das instituições e dos cidadãos de bem dispostos a firmar compromisso com a ética e com as entidades representativas da sociedade agrupadas neste Movimento Cívico, integrando sua rede de informações, inaugurando sua ouvidoria social e apoiando estes cidadãos na sua disputa pelo poder contra os corruptos.
Como os Partidos Políticos perderam a credibilidade e, com ela, o poder de conferir aval moral a seus candidatos, o MOVIMENTO preencherá esta lacuna vital, sinalizando, independente da legenda onde estejam, quais são os patriotas com fichas limpas, passado digno e o merecido respaldo social e moral do Movimento.
As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto entendem pela convergência em torno dos seguintes pontos cardeais:
Por si só, a publicidade conferida a escândalos leva desesperança e alienação à sociedade e não contribui, em curto prazo, para o fim da impunidade;
Os atuais partidos impedem as mudanças e renovação que a Nação aspira. É preciso mudar leis que regulam responsabilidades e o regimento interno dos partidos. A indignidade deriva de vícios no sistema, mau caráter de candidatos, cumplicidade, irresponsabilidade e impunidade dos partidos pelos atos da canalha que eles têm a coragem e desfaçatez de infiltrar e manter na vida pública, mesmo a contragosto da sociedade.
Corrupção e impunidade permeiam o sistema e estrutura partidária. O foco do MOVIMENTO deve ser suprapartidário.
Se a sociedade não intervier, os “reformadores” serão os corruptos que aí estão e a reforma política ampliará facilidades, privilégios espúrios, impunidade e o avanço deles sobre novos espaços no Poder.
Não existe cidadania sem Justiça e justiça demorada é ausência de justiça. É preciso reformar o Código Penal e Civil, eliminando a ausência de justiça (impunidade). Justiça que tarda mas não falha, só a Divina.
As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto reafirmam, assim, sua tradição, universal e histórica, de emprestar apoio aos direitos, aspirações e movimentos legítimos da sociedade.
Reafirma também o compromisso público assumido em 2007 e 2008, de oferecer combate à corrupção e a sua fidelidade aos princípios cívicos, como a ética, lealdade à sociedade e franca disposição de seguir na luta pelo resgate da dignidade no exercício do Poder.
Sob a égide do nosso lema Universal “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pedem aos Maçons e brasileiros em acordo com nossa postura que venham a acessar nosso manifesto, que o divulguem por todos os meios ao seu alcance e expressem, com toda a veemência, o clamor que é comum dos Obreiros Maçons e de todos os cidadãos paulistas de bem: fora corruptos! Dignidade Já!
São Paulo, 07 de Setembro de 2009
Benedito Marques Ballouk Filho
Grão-Mestre Estadual do GOSP – Grande Oriente de São Paulo
Francisco Gomes da Silva
Grão-Mestre da GLESP – Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo
José Maria Dias Neto
Grão-Mestre do GOP – Grande Oriente Paulista
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
PRINCÍPIOS E PRECEITOS
Princípios e Preceitos
Princípios e Preceitos
Ama a Humanidade.
Escuta a voz da natureza, que te brada: todos os homens são iguais, todos constituem uma única família.
Tem sempre presente que não só és responsável pelo mal que fizeres, mas pelo bem que deixaste de fazer.
Faz o bem pelo amor do próprio bem.
O verdadeiro culto consiste nos bons costumes e na prática das virtudes.
Escuta sempre a voz da consciência: é o teu juiz.
Trata de te conhecer; corrige os teus defeitos e vence as tuas paixões.
Nos teus atos mais secretos supõe sempre que tens todo o mundo por testemunha.
Ama os bons, anima os fracos, foge dos maus, mas não odeies ninguém.
Fala sobriamente com os teus superiores, prudentemente com os iguais, abertamente com os amigos, benevolamente com os inferiores, leal e sinceramente com todos.
Diz a verdade, pratica a justiça, procede com retidão.
Não lisonjeies nunca, é uma traição; se alguém te lisonjear toma cuidado não te corrompa.
Não julgues ao de leve as ações dos outros; louva pouco e censura ainda menos; lembra-te que para bem julgar os homens é preciso sondar as consciências e perscrutar as intenções.
Se alguém tiver necessidade, socorre-o; se se desviar da virtude, chama-o a ela; se vacilar, ampara-o; se cair, levanta-o.
Respeita o viajante; auxilia-o; a sua pessoa é sagrada para ti.
Foge a contendas, evita os insultos, obedece sempre à razão esclarecida pela ciência.
Lê, aproveita, vê e imita o que é bom, reflita e trabalha; faz quanto possas para o aperfeiçoamento da organização social, e assim, contribuirás para o bem coletivo.
Sê progressivo; estuda a ciência porque ela te conduzirá à verdade que tens por dever procurar.
Não te envergonhes de confessar os teus erros; provarás assim que és hoje mais sensato do que eras ontem e que desejas aperfeiçoar-te.
Moraliza pelo exemplo; sê obsequioso; tolera todas as crenças e todos os cultos, mas tem por dever lutar contra a superstição, o fanatismo e a reação, como os mais resistentes obstáculos ao progresso humano.
Educa e ensina; esclarece os outros com o teu conselho, inspirado pela circunspecção e pela benevolência.
Regozija-te com a justiça; insurge-te contra a iniquidade; sofre os azares da sorte, mas luta contra eles no intuito de os vencer.
Procede sempre de forma que a razão fique do teu lado.
Respeita a mulher; não abuses nunca da sua fraqueza; defende a sua inocência e a sua honra.
Ama a Pátria e a Liberdade; sê bom cidadão, bom marido, bom pai, bom filho, bom irmão e bom amigo.
Quando fores pai alegra-te, mas compreende a importância da tua missão. Sê um protetor fiel do teu filho; faz que até aos dez anos te obedeça, até aos vinte te ame, e até à morte te respeite. Até aos dez anos sê seu mestre, até aos vinte seu pai e até à morte seu amigo. Ensina-lhe bons princípios de preferência a belas maneiras; que te deva uma retidão esclarecida e não frívola elegância; fá-lo um homem honesto de preferência a um homem astuto.
Como timbre, inscreve no seu código fundamental: JUSTIÇA - VERDADE - HONRA - PROGRESSO.
Tem por divisa: LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE.
Princípios e Preceitos
Ama a Humanidade.
Escuta a voz da natureza, que te brada: todos os homens são iguais, todos constituem uma única família.
Tem sempre presente que não só és responsável pelo mal que fizeres, mas pelo bem que deixaste de fazer.
Faz o bem pelo amor do próprio bem.
O verdadeiro culto consiste nos bons costumes e na prática das virtudes.
Escuta sempre a voz da consciência: é o teu juiz.
Trata de te conhecer; corrige os teus defeitos e vence as tuas paixões.
Nos teus atos mais secretos supõe sempre que tens todo o mundo por testemunha.
Ama os bons, anima os fracos, foge dos maus, mas não odeies ninguém.
Fala sobriamente com os teus superiores, prudentemente com os iguais, abertamente com os amigos, benevolamente com os inferiores, leal e sinceramente com todos.
Diz a verdade, pratica a justiça, procede com retidão.
Não lisonjeies nunca, é uma traição; se alguém te lisonjear toma cuidado não te corrompa.
Não julgues ao de leve as ações dos outros; louva pouco e censura ainda menos; lembra-te que para bem julgar os homens é preciso sondar as consciências e perscrutar as intenções.
Se alguém tiver necessidade, socorre-o; se se desviar da virtude, chama-o a ela; se vacilar, ampara-o; se cair, levanta-o.
Respeita o viajante; auxilia-o; a sua pessoa é sagrada para ti.
Foge a contendas, evita os insultos, obedece sempre à razão esclarecida pela ciência.
Lê, aproveita, vê e imita o que é bom, reflita e trabalha; faz quanto possas para o aperfeiçoamento da organização social, e assim, contribuirás para o bem coletivo.
Sê progressivo; estuda a ciência porque ela te conduzirá à verdade que tens por dever procurar.
Não te envergonhes de confessar os teus erros; provarás assim que és hoje mais sensato do que eras ontem e que desejas aperfeiçoar-te.
Moraliza pelo exemplo; sê obsequioso; tolera todas as crenças e todos os cultos, mas tem por dever lutar contra a superstição, o fanatismo e a reação, como os mais resistentes obstáculos ao progresso humano.
Educa e ensina; esclarece os outros com o teu conselho, inspirado pela circunspecção e pela benevolência.
Regozija-te com a justiça; insurge-te contra a iniquidade; sofre os azares da sorte, mas luta contra eles no intuito de os vencer.
Procede sempre de forma que a razão fique do teu lado.
Respeita a mulher; não abuses nunca da sua fraqueza; defende a sua inocência e a sua honra.
Ama a Pátria e a Liberdade; sê bom cidadão, bom marido, bom pai, bom filho, bom irmão e bom amigo.
Quando fores pai alegra-te, mas compreende a importância da tua missão. Sê um protetor fiel do teu filho; faz que até aos dez anos te obedeça, até aos vinte te ame, e até à morte te respeite. Até aos dez anos sê seu mestre, até aos vinte seu pai e até à morte seu amigo. Ensina-lhe bons princípios de preferência a belas maneiras; que te deva uma retidão esclarecida e não frívola elegância; fá-lo um homem honesto de preferência a um homem astuto.
Como timbre, inscreve no seu código fundamental: JUSTIÇA - VERDADE - HONRA - PROGRESSO.
Tem por divisa: LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE.
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